sábado, 9 de abril de 2011

Ao nosso sempre Pastor: Monsenhor CID

Caríssimo Pe. Cid,
           
Quando o senhor chegou a nossa paróquia, há quase nove anos, lembro bem que nossas expectativas eram tremendas. Tremendas porque sua fama era grande... Havia pessoas que o aguardavam ansiosas e felizes, pois lhe conheciam antes de ser padre, havia também aqueles que conheciam apenas a mencionada FAMA e trataram de disseminá-la, Nossa Senhora! Lembro, agora, que por vezes chegamos a temê-lo, o Senhor sabia disso?

Quanta tolice! Percebo que nos comportávamos como crianças bobas que temem àquilo que não conhecem, pois o desconhecido nos desampara e enfraquece. E, como tais crianças bobas, esquecemos que temos um Pai todo Poderoso que nos guarda querendo sempre o nosso bem e inspira sua Igreja a fazer o melhor. É exatamente isso que vejo hoje: a providência divina nos enviado o senhor como pastor, com o qual iríamos renovar o conhecimento bíblico, litúrgico, eclesial, humano e tantos outros que poderiam ser citados aqui. Enfim, o senhor, como Cora Coralina, foi “quebrando pedras e plantando flores”. Nos fez conhecer e saber o porquê dos atos. Apresentou-nos a música litúrgica e a beleza de uma celebração liturgicamente realizada; e não poderia ser o contrário porque a Igreja é sábia, necessitamos apenas aprender.

Digo ao senhor, Pe. Cid, que a Paróquia São João Batista e Nossa Senhora das Graças está preparada para receber qualquer outro padre, isso não significa que não tenhamos nada mais a aprender, mas, que o senhor nos deixou um legado que jamais esqueceremos. E lhe somos profundamente agradecidos por isso. O senhor nos liderou e nos ajudou a crescer, e sua estada conosco nos lembra o amor que Deus tem por nós demonstrado nas palavras do Profeta Jeremias: “Dar-vos-ei pastores segundo o Meu coração” (Jer 3, 15).

Com o senhor, nós paroquianos experimentamos a realização deste anúncio profético e aprendemos que sem sacerdotes, de fato, a Igreja não poderia viver aquela fundamental obediência que está no próprio coração da sua existência e da sua missão na história - a obediência à ordem de Jesus: “Ide, pois, ensinai todas as nações” (Mt 28, 19) e “Fazei isto em minha memória” (Lc 22, 19), ou seja, a ordem de anunciar o Evangelho e de renovar todos os dias o sacrifício do seu Corpo entregue e do seu Sangue derramado pela vida do mundo.

E o senhor, prezado Monsenhor, foi, por seu empenho, competência, responsabilidade, doação, organização e amor pelo sacerdócio, a personificação destas palavras do Evangelho. Por isso, jamais vamos esquecê-lo ou deixar de admirilá-lo como homem, padre, pároco e amigo que nos ensinou a noção do sagrado, motivo pelo qual hoje entendemos seu chamado e aceitamos sua transferência de nossa paróquia.

Para terminar, lembro de algumas palavras de Charles Chaplin: 

“Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha, porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.”

Deus o abençoe nesta nova missão. Saiba que estamos juntos!



(por Dora Adriana Cunha)

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